Entre uma ameaça aqui, outra acolá... de corte de ponto, de falta injustificada (ambos ilegais, segundo a Lei 7783/89) e outras formas não menos assediosas que nós servidores públicos de São Bernardo estamos sendo submetidos ao exercermos nosso direito constitucional de greve, o movimento vai ganhando força a cada dia que passa. Mais que isso: ganha maiores proporções e multiplica as adesões a cada ameaça que o governo faz contra os trabalhadores.
Rumo ao local em que o prefeito estava reunido com empresários, na "calda" da passeata, a quantidade de servidores públicos presentes neste dia 26 de maio de 2015 era tão imensa que o caminhão de som parecia uma formiguinha à frente de um grande formigueiro constituído não por submissas formiga operárias, mas por incansáveis e persistentes formigas guerreiras.
Em frente ao local do evento, representantes dos servidores públicos cobraram do prefeito que apresente uma contraproposta decente, digna, que contemple a todos os servidores e que possibilite melhores condições de vida, de salário, de trabalho e que, por consequência, estimulem a melhoria da qualidade do serviço público à população sãobernardense,
Além das falas reiterando a pauta da campanha salarial, denunciando as precárias condições de trabalho dos servidores e de atendimento à população usuária dos serviços públicos, os servidores que se revezaram no uso dos microfones reforçaram a disposição da categoria em não parar a greve enquanto não houver uma proposta que contemple a todos os trabalhadores e que garanta o pagamento e a reposição dos dias parados, afinal, estamos em greve motivados pela intransigência e falta de sensibilidade do governo Marinho.
"Recuar - repetiram-se várias vezes hoje - nem se for para pegar impulso!".
Ao descer a Avenida Lucas Nogueira Garcez rumo ao paço municipal, do alto do caminhão de som mal dava para ver o final da passeata. E a determinação e perserverança dos servidores continuou sendo compensada com as palmas coletivas de comerciantes e população em geral que saem às janelas, sacadas e portas batendo palmas e gritando palavras de incentivos aos trabalhadores públicos!
Não somos meia dúzia de gatos pingados como menosprezou o prefeito. Somos milhares que, num movimento crescente, estão saindo às ruas não apenas lutando por reposição de inflação, aumento salarial real e outras pautas fundamentais, mas acima de tudo estão saindo às ruas porque não abrimos mão de nossa DIGNIDADE, muito embora o prefeito ex-sindicalista tente a todo custo nos tirar ao insistir em uma contraproposta degradante e desrespeitosa.
Parece que o prefeito, ex-sindicalista, prefere enterrar de vez seu passado e entrar para a história política como o pior prefeito na história não apenas de SBC, mas de todo o ABCDMRRGS. Foi o único que não fechou negociação com os trabalhadores públicos e que se recusa a garantir a reposição da inflação do ano passado e possibilitar que os servidores públicos tenham melhores condições de trabalho, alimentação e transporte. É por isso que continuamos em greve e gritamos em alto e bom som:
TRABALHADOR PARADO! MARINHO É O CULPADO!!!
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Lá lá lá lá laiá
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Lá lá lá lá laiá
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