EXIGIR DA DIREÇÃO SINDICAL AÇÕES EFETIVAS EM DEFESA DOS DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS E ESCLARECIMENTOS QUANTO ÀS QUESTÕES E PREJUÍZOS RESULTANTES DA MÁ-SUCEDIDA NEGOCIAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL: UM DEVER DE TOD@S!
Da recente greve que nós funcionários públicos
de SBC participamos, podemos dizer que a nossa disposição para a luta,
organização e unidade de ação significaram uma histórica vitória dos trabalhadores:
juntos, pressionamos a direção do sindicato para a manutenção de 22 dias de
greve e colocamos o governo petista de Marinho e sua tradicional truculência
contra a parede. Lutando incansavelmente pela pauta da campanha salarial, ao
mesmo tempo que reivindicamos melhores condições de salário e de trabalho, defendemos
a qualidade do atendimento aos munícipes e denunciamos o sucateamento e a
precarização do serviço público. Neste sentido, a greve por si só é uma vitória
que precisa ser reconhecida, celebrada e realizada novamente sempre que
necessário!
Porém, no decorrer da greve, governo e direção
do sindicato abandonaram a pauta da campanha salarial e, mesmo diante da
intransigência do governo petista, a direção do sindicato visivelmente procurou
preservar a imagem do prefeito: enquanto os servidores públicos pressionavam
para ações mais incisivas propondo atos nos eventos públicos em que o prefeito
iria participar, a direção do sindicato conduzia o caminhão de som para o lado
oposto, e ainda assim restringindo e tentando censurar as falas dos
trabalhadores no microfone.
Após a direção sindical iniciar a assembleia
do dia 29 de maio literalmente anunciando o fim da greve, conduzir a assembleia
com uma truculência absurda, depois colocar em votação a proposta governista
por quatro vezes (e quatro vezes rejeitada!), mesmo assim chamar nova
assembleia para outra votação e passar o fim de semana caluniando a Oposição
Unificada, agredindo verbal e moralmente servidores públicos, praticando
terrorismo e fomentando divisionismo na categoria, os trabalhadores se viram órfãos
de direção e reféns do acordo coletivo imposto pelo governo, obtendo prejuízos
econômicos e funcionais igualmente históricos!
O autoritarismo praticado pela direção sindical
na condução das mobilizações e das assembleias, sua falta de competência e seu despreparo
na negociação, a não realização de ações preventivas para evitar punições aos
grevistas, tais como os descontos ilegais nos salários e os descontos de
impostos ocasionados pelo lançamento dos rendimentos e dos abonos num único mês
e numa única folha, a exclusão no acordo coletivo de parte dos aposentados, e a
lentidão da direção do Sindserv em encaminhar ações para resolver os prejuízos
que nós trabalhadores estamos acumulando dia após dia não deixam dúvidas que
existe um distanciamento gigantesco entre o seu discurso (de responsabilidade
com a categoria) e sua prática (que efetivamente é omissiva, burocratizada e autoritária).
A bem da verdade, a direção do sindicato tem
sido ágil em algumas ações: destratar trabalhadores que a questionam, bloqueá-los
o acesso total ou parcialmente em redes sociais, impedindo que estes possam responder
aos destratos e calúnias... e justificar os descontos realizados pelo governo
(neste caso, foi tão ágil que se antecipou às justificativas que deveriam ter
sido dadas pelo próprio governo. É lamentável, porém, que não tenha esclarecido
as possibilidades de descontos já na assembleia, pois esta informação poderia
mudar os rumos da greve).
A falta de preparo e a irresponsabilidade da
direção foi tão grande que ela só resolveu consolidar um fundo de greve para
amparar os trabalhadores mais necessitados após decretado o fim da greve!!!
Agora, ao invés de organizar o funcionalismo
para debater e encaminhar ações para solucionar os problemas, a direção do
sindicato prefere continuar jogando a responsabilidade de sua incompetência e
de sua omissão na própria categoria – neste caso, a direção do sindicato dedica
especial atenção aos servidores que integram a Oposição Unificada, inclusive acusando-nos
(!) de ligações com grupos partidários.
Quanto a isso, primeiramente repudiamos o
caráter fascista contido em insinuações que procuram desqualificar as ações das
pessoas justamente naquilo que é um dos pilares da democracia, ou seja, a
liberdade de consciência e a participação política. A filiação e militância
partidária é um direito individual de cada cidadão brasileiro, conquistado pelos
trabalhadores e pela população após o enfrentamento de mais de 20 anos de
ditatura militar – ditadura esta que torturou, matou e desapareceu com milhares
de seres humanos. Neste sentido, a Oposição Unificada, que sustenta suas ações
em princípios classistas e democráticos, mantém seu caráter apartidário (isto
é, não representa partido político) e respeita e integra qualquer trabalhador
que, filiado ou não a partido político, compartilhe dos mesmos princípios. De nossa
parte, o que não aceitamos e não somos coniventes é que, como diz o ditado
popular, se acenda uma vela para Deus e outra para o diabo, dizendo-se
representante da categoria e ao mesmo tempo servindo aos interesses do governo.
É
preciso que se esclareça à direção do sindicato: o inimigo é o governo, e não
os trabalhadores, os quais ela deveria representar e defender! Não dá para a
direção do Sindserv SBC continuar engrossando a voz contra os servidores
públicos e falando mansinho com o governo!!!
Ao invés de usar os meios de comunicação para justificar
as ações do governo, agredir servidores públicos, fomentar divisionismo e fazer
autopromoção da própria imagem para fins eleitoreiros, a direção do sindicato
precisa tornar transparente todas as ações que está realizando no sentido de
reverter os danos que os trabalhadores estão sofrendo! E precisa urgente
convocar assembleia dos servidores públicos, ou ao menos das categorias em que
ainda não se solucionou a questão da compensação.
Por que a direção sindical não utiliza os meios
de comunicação para publicar os ofícios que garantiram a legalidade da greve? Por
que a lei que estabelece a data-base está inacessível no site do sindicato? E o
estatuto do sindicato?! Qual é o número do processo que a direção do sindicato
diz que impetrou em relação aos descontos indevidos? Que ações estão sendo
realizadas para garantir o direito dos cerca de 200 aposentados excluídos do
acordo salarial? Por que não se entra com processo para que os trabalhadores
recebam juros e correções monetárias sobre os salários indevidamente descontados?
Os trabalhadores poderão optar pela forma de pagamento dos dias parados, ou
continuarão sendo obrigados a se submeter aos caprichos do governo? E se
tiverem descontos? As faltas serão justificadas ou injustificadas? Incidirão
sobre a Licença-Prêmio, sobre a PTS? E os trabalhadores em estágio probatório,
que ações preventivas estão sendo efetivadas pela direção do sindicato para
garantir seus empregos em caso de faltas injustificadas?
Todas estas perguntas – e mais algumas outras –
faremos diretamente à direção do sindicato, cobrando e exigindo ações efetivas
para resguardar os direitos dos servidores públicos!
Participe conosco! Traga as suas questões e
vamos juntos exigir os esclarecimentos e as ações necessárias!
Lutar sempre vale a pena! O que não se pode é
ser conivente com a omissão e o descaso!!
QUANDO?
QUINTA-FEIRA, 02 DE JULHO, ÀS 18h30min.
ONDE?
Sede do Sindserv SBC – Rua Caetano Zanela, 90 - Centro
Oposição Unificada
dos
Servidores Públicos de São Bernardo do Campo
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