domingo, 31 de maio de 2015

POR QUE RECORRER AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO?

A fim de esclarecer a categoria sobre as informações distorcidas sobre a iniciativa da Oposição Unificada quanto ao abaixo assinado para solicitar a mediação do Ministério Público nas negociações da campanha salarial, informamos que:

1.      Frente à posição truculenta do governo que após duas semanas de greve não apontava para o atendimento da pauta de reivindicação, sequer a reposição da inflação estava vislumbrada, entendemos ser necessário buscar uma mediação neutra, ou seja, o procurador público.

2.      O papel do Ministério Público do Trabalho é investigar denúncias e fazer mediações em negociações de difícil resolução. A Constituição Federal da República de 1988 define, em seu artigo 127, o Ministério Público como sendo "instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis".  Este papel é bastante diferente da Justiça do Trabalho, cuja competência é julgar as causas oriundas das relações de trabalho, é um órgão do Poder Judiciário regulamentado pela C. F. nos seus artigos 92 a 126.

3.      Fica claro, portanto, a intenção da direção sindical de confundir a categoria usando uma experiência negativa vivida pela GCM em 2007 com a Justiça do Trabalho como se fosse o mesmo que Ministério Público.

4.      Ao mesmo tempo em que instala um terrorismo e aponta para ameaça de demissão de funcionários em estágio probatório, aproveita para caluniar as posições da Oposição Unificada.

5.      É importante salientar que a única iniciativa da Oposição Unificada foi procurar o Ministério Público do Trabalho e munida de informações fazer um abaixo assinado para que o procurador pudesse convidar tanto a diretoria do sindicato quanto os representantes do governo para uma rodada de negociação. Uma vez que é convite, as partes podem recusar-se a participar. Ou seja, não há nenhuma ação instalada.

NENHUM TRABALHADOR DE FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!


REUNIÃO DA OPOSIÇÃO UNIFICADA
Sábado às 14 horas

Local: av. Dom Paulo Mariano, 40 – Nova Petrópolis.

A Oposicão Unificada, a direção do Sindicato e nosso NÃO à contraproposta do governo

A Oposição Unificada é um movimento apartidário constituído por servidores públicos dos mais diversos setores do funcionalismo de São Bernardo do Campo que não compactuam com o autoritarismo, o burocratismo e o atrelamento partidário e governista do nosso sindicato. Defendemos que  sindicato seja um instrumento de luta em defesa dos servidores, independente dos governos de plantão. que seja plural, democrático e classista. 

Jamais pautamos nossas ações pela disputa eleitoral para a direção do sindicato, muito embora compreendemos mais do que nunca que se fazem necessárias e urgentes mudanças na direção para que possamos tirar o sindicato do controle governista e retomá-lo para o controle dos servidores públicos.

A Oposição Unificada sempre atuou com coerência buscando a unidade dos servidores, fazendo o debate e cobrando da direção transparência e as ações necessárias em defesa da categoria. Desde o primeiro momento ajudamos a construir a greve, e deixamos claro que unidade de ação não significa unidade de pensamento, nem abrir mão de reflexões e posicionamentos críticos, afinal, se tivéssemos concordância com todas as práticas e posicionamentos da direção sindical não precisaríamos ser oposição. 

O fortalecimento do sindicato ocorre à medida que as opiniões contrárias e os posicionamentos divergentes são acolhidos e respeitados. O enfraquecimento ocorre quando se tenta impor pensamentos únicos e posicionamentos unilaterais, quando se tenta coibir a participação democrática e não se fomenta e não se valoriza o debate crítico, reflexivo e quando as opiniões divergentes são reprimidas.

Ao defendermos que todas as opiniões sejam manifestadas e respeitadas, não nos referimos exclusivamente às opiniões e posicionamentos da Oposição Unificada, e sim reivindicamos a liberdade de expressão de todos os servidores públicos, muitos dos quais foram impedidos de manifestarem suas opiniões nos microfones.

Defendemos e construímos a unidade de ação em prol dos interesses da categoria, contudo, quando os interesses coletivos dos servidores são colocados em risco pela ação da direção sindical em conluio com o governo, cumprimos o papel de denunciar aos nossos colegas servidores esse golpe, ainda que nossa coerência tenha despertado tamanho ódio por parte da direção que, por meio de seus "apoiadores", partiu para a agressão e ameaças gravíssimas contra a integridade física de membros da Oposição Unificada. 

A direção do Sindserv, desde antes da assembleia desta sexta-feira, mas principalmente depois, começou a publicar textos e vídeos com ofensas pessoais, calúnias e distorções dos fatos a fim de depreciar a nossa imagem.

O terrorismo que a direção está fazendo ao afirmar de forma irresponsável e caluniosa que as ações da Oposição Unificada colocam em risco o emprego de centenas de servidores, além de depreciar a imagem de nosso Sindserv, dividir a categoria e favorecer o governo, também é um atentado contra nossa integridade fisica e moral.

Assim, qualquer atentado contra os funcionários púbicos que integram a Oposição Unificada é de inteira responsabilidade da direção do Sindserv SBC.

A Oposição Unificada não faz nem estimula ofensas pessoais e críticas nominais. Nossas divergências são em relação à política sindical adotada pela direção, e não às pessoas em si, que são também servidores públicos, embora lamentavelmente, em que pese seus discursos de unidade e responsabilidade, agem contra os interesses da categoria.

Observem que nenhum de nossos textos publicados fazem ofensas pessoais, mas tão somente debatem as propostas e apresentam os nossos posicionamentos. Continuaremos mantendo a postura ética e os princípios que fazem com que nosso grupo seja respeitado, mesmo entre servidores que não concordam integralmente com nossas opiniões. 

Não somos os donos da verdade, e nem jamais nos colocamos como representantes de toda a categoria, por isso mesmo durante todo o processo de greve estimulamos que mais e mais servidores fizessem uso do microfone e apresentassem suas opiniões e propostas, mesmo quando não tínhamos concordância com as ideias.

Greve não tem dono, sindicato também não pode ter. O movimento dos trabalhadores têm de ser plural, democrático, e nesse sentido é preciso garantir que as opiniões circulem, sejam nos microfones, sejam em boletins distribuídos entre os trabalhadores. 

Por meio de atitudes intimidatórias, a direção do sindicato tentou coibir que a Oposição Unificada distribuísse seus boletins durante os atos e assembleias, inclusive criticou publicamente essa nossa ação na última assembleia. Tais atitudes revelam o caráter autoritário da direção que desta forma não apenas contraria a liberdade sindical, como também atenta contra os direitos e garantias fundamentais preconizadas em nossa Constituição Federal, em especial  o Inciso IV, Artigo 5º ("É livre a liberdade de expressão, vedada o anonimato").
  
Garantir que todos os trabalhadores possam manifestar livremente suas opiniões, sem ações intimidatórias e sem coibir o uso do microfone, é obrigação de qualquer direção comprometida realmente com o fortalecimento do sindicato, a democracia e a defesa dos trabalhadores. 

O jogo sujo orquestrado pela direção do sindicato e governo leva muitos de nossos colegas a perderem a pouca confiança que tinham na direção do sindicato e preferirem o retorno ao trabalho ao não verem mais perspectivas de ter um sindicato ao lado dos trabalhadores.  

Por compreender que em seu conjunto a contraproposta governista é prejudicial à maioria dos servidores públicos e não atende absolutamente a nenhum dos pontos de reivindicações da campanha salarial, continuamos defendendo a rejeição da proposta do governo. No entanto, diante da quebra de confiança da direção do Sindserv, quem poderá julgar colegas servidores por não querer mais continuar nessa greve? 

Mantemos o respeito às opiniões divergentes e o respeito aos colegas que, cada um com seus motivos, decidam votar pelo fim da greve. Porém, não compactuaremos com autoritarismos, calúnias, ofensas pessoais, tentativas de dividir o movimento e de antecipação de um debate eleitoral.  

Nenhuma ofensa pessoal, seja contra colegas servidores, seja contra membros da direção da qual temos divergências, representa o posicionamento da Oposição Unificada, ainda que a direção do sindicato não tenha escrúpulos de utilizar os meios de comunicação sindical, sustentados com a mensalidade dos associados (nossa inclusive) para agredir e ofender moralmente servidores públicos que ousam manifestar opiniões autonomamente.

Diante das atitudes divisionistas, das agressões e ofensas - inclusive pessoais - que estão sendo realizadas pela direção do Sindserv, e do terrorismo realizado por esta junto ao funcionalismo, a Oposição Unificada vem a público manifestar repúdio às ações grosseiras da direção sindical e reiterar a defesa da unidade dos servidores contra todo e qualquer ataque aos direitos trabalhistas e às liberdades individuais e coletivas.


PELA UNIDADE E DEFESA DOS INTERESSES COLETIVOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS!

PELA GARANTIA DO DIREITO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

PELA PARTICIPAÇÃO LIVRE, ATIVA E DEMOCRÁTICA NAS ATIVIDADES DO SINDICATO!

CONTRA O AUTORITARISMO, BUROCRATISMO E ATRELAMENTO PARTIDÁRIO DO SINDICATO!

Assembleia dos servidores: 29 de maio de 2015.


Pedro negou Cristo por três vezes e Judas o traiu. Se eles fossem vivos, ficariam espantados com a concorrência


S.Bernardo investigará diretores do Sindserv - Diário do Grande ABC

S.Bernardo investigará diretores do Sindserv - Diário do Grande ABC

sexta-feira, 29 de maio de 2015

COMPARATIVO DOS ÍNDICES (PROPOSTA REJEITADA E INDICE INPC)

COMPARATIVO DOS ÍNDICES (PROPOSTA REJEITADA E INDICE INPC)


2,5% retroativo a março + 5,18% em dezembro
HIPOTÉTICO 7,68% retroativo a março
Cálculo sobre um salário de R$1500,00

1500,00 x 2,5% = 37,50 / retroativo a março: 37,50 x 12 meses = 450,00
1500,00 x 5,18% = 77,70 / em dezembro: 77,70 x 3 meses = 233,10
Total no ano = 683,10 + VALORES QUE REPERCUTEM EM SENHORIDADE, FÉRIAS, 13%, LICENÇA PRÊMIO

1500,00 x 7,68% = 115,20 / retroativo a março: 115,20 x 12 = 1382,40 + VALORES QUE REPERCUTEM EM SENHORIDADE, FÉRIAS, 13%, LICENÇA PRÊMIO
Cálculo sobre um salário de R$ 3000,00

3000,00 x 2,5% = 75,00 / retroativo a março: 75,00 x 12 meses = 900,00
3000,00 x 5,18 = = 155,40 / em dezembro: 155,40 x 3 meses = 466,20
Total no ano = 1366,20 + VALORES QUE REPERCUTEM EM SENHORIDADE, FÉRIAS, 13%, LICENÇA PRÊMIO

3000,00 x 7,68% = 230,40 / retroativo a março: 2764,80 + VALORES QUE REPERCUTEM EM SENHORIDADE, FÉRIAS, 13%, LICENÇA PRÊMIO

                                                                            
                                                            
Cálculo sobre um salário de R$ 5000,00

5000,00 x 2,5% = 125,00 / retroativo a março: 125,00 x 12 meses = 1500,00
3000,00 5,18 = 155,40 / em dezembro: 155,40 x 3 meses = 466,20
Total no ano = 1966,20 + VALORES QUE REPERCUTEM EM SENHORIDADE, FÉRIAS, 13%, LICENÇA PRÊMIO

5000,00 x 7,68% = 384,00 / retroativo a março: 4608,00 + VALORES QUE REPERCUTEM EM SENHORIDADE, FÉRIAS, 13%, LICENÇA PRÊMIO


Informe sobre reunião no Ministério Público do Trabalho


A respeito da reunião  junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ocorrida hoje pela manhã, informamos que solicitamos ao procurador Dr. Ricardo Ballarin uma mediação com o Prefeito e o Sindicato buscando garantir o ressarcimento dos descontos salariais efetivados pelo governo como forma de pressão contra os trabalhadores em greve. 

Nesta reunião, tratamos também sobre os inúmeros relatos de assédio por parte do governo e as restrições que estão sendo impostas ao conjunto dos servidores em relação à livre manifestação, à apresentação e defesa de propostas durante as manifestações e assembleias. 


Seguem abaixo os encaminhamentos acordados durante a reunião com o Ministério Público do Trabalho:

1. Realizar abaixo assinado junto à categoria para autorizar representantes da "Oposição Unificada" a participar de audiência de mediação junto ao MPT para apresentação das reivindicações da campanha salarial, bem como cessar e ressarcir os descontos dos trabalhadores em greve.

2. Apresentar requerimento junto ao MPT após coleta de assinaturas solicitando participação do Governo e direção do Sindserv nesta mesa de mediação a ser agendada em caráter de URGÊNCIA!


É importante que todos assinem esse abaixo assinado para que possamos fortalecer nossa unidade e nosso sindicato.

 
NENHUM TRABALHADOR DE FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!

A BASE VAI FALAR E NINGUÉM VAI NOS CALAR. EXIGIMOS NOSSO DIREITO DE EXPRESSÃO NA ASSEMBLEIA.



CONCENTRAÇÃO ÀS 15h PARA DISCUSSÃO E ASSINATURA DO ABAIXO ASSINADO!

ASSEMBLEIA ÀS 18h NO PAÇO.

Sobre a nova "contraproposta" governista

Que negociação é essa em que absolutamente todos os pontos da pauta da campanha salarial para este ano foram deixados de lado?!

O desconto dos dias parados e a não inclusão dos aposentados são dois bodes colocados na sala para desviar a atenção dos servidores e fazer com que a proposta governista seja aprovada, mesmo com visíveis prejuízos à imensa maioria da categoria.

Não podemos nos deixar abater pelo terrorismo plantado pelo governo com o desconto aleatório dos dias parados. Segundo informações, houve desconto até de quem não esteve em greve! E nem todos que estão em greve tiveram os dias descontados.

Neste jogo encenado, haverá um "recuo" do governo com o pagamento dos dias parados e inclusão dos aposentados. Corre o risco de a categoria, aliviada, esquecer dos itens da pauta da campanha salarial que literalmente foram excluídos da mesa de negociações.

A consequência disso é sairmos dessa greve de 17 dias sem nenhum item da campanha salarial deste ano atendido e pior do que saímos em 2013, quando mal teve campanha salarial, muito menos greve.

A proposta governista continua sendo de arrocho salarial. Abono não incide sobre décimo terceiro, férias, senhoridade, licença-prêmio... Aumento real e reposição da inflação sim!

Ainda com o pagamento dos dias parados em folha suplementar e a inclusão dos aposentados, se a proposta governista for aprovada os servidores continuarão acumulando perdas salariais e terão diminuídas de forma progressiva e acelerada o poder aquisitivo. continuarão pagando para trabalhar, pois continuarão sem a revisão do auxílio transporte e do auxílio alimentação; permanecerão sem amparo em caso de adoecimento, pois o governo continua lavando as mãos em relação à situação caótica do IMASF e da Greenline; continuarão adoecendo, porque continuarão trabalhando sobrecarregados, pois nada se fala de abertura de concurso público geral para recompor o quadro de funcionários.

Se esta proposta passar, Marinho e o PT de SBC terão dado uma pedalada nos servidores públicos: além de economizar com folha de pagamento neste ano, novamente vai matar a campanha salarial do ano que vem, eliminando possibilidades de atritos com a categoria e não colocando em risco sua imagem em pleno ano eleitoral.

Não estamos em uma greve de 17 dias para levar esse "pedala-Robinho!" do Marinho e do PT e sair com uma mão na frente e outra atrás e com o rabo entre as pernas!

POR UMA CONTRAPROPOSTA QUE DIALOGUE EFETIVAMENTE COM OS ITENS DA NOSSA CAMPANHA SALARIAL!

POR UMA NEGOCIAÇÃO DE VERDADE, COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTES DA BASE ELEITOS EM ASSEMBLEIA, COMO ESTABELECE O ACORDO DA DATA-BASE! 

NENHUM TRABALHADOR FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!!

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Reunião no Ministério Público do Trabalho: Não ao corte dos salários! Fim das condutas antissindicais e pela vitória da campanha salarial para todos os servidores!

A Oposição Unificada dos Servidores Públicos de São Bernardo do Campo, diante dos indícios de desconto no salário dos trabalhadores (que foi confirmado pela direção do sindicato durante a assembleia deste dia 28 de maio), no final da tarde agendou reunião com o Procurador Dr. Ricardo Ballarin do Ministério Público do Trabalho, para apresentação das reivindicações da categoria  (reivindicações estas que o governo, ao apresentar sua contraproposta, continua ignorando, se limitando a discutir tão somente a cláusula econômica), bem como expor a indignação em relação aos inúmeros relatos de constrangimentos de trabalhadores por parte de chefias, pressões para retornar ao trabalho ou não aderir à greve, exigência por parte da administração de envio dos nomes dos grevistas para o RH, entre outras, todas elas configurando condutas antissindicais.
A lei 7783/89 é objetiva no sentido de vedar a adoção de meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento. Ademais, o corte de ponto implica em violação literal à legislação vigente que concede ao salário natureza alimentar, uma vez que este visa manter a subsistência do trabalhador, sua família, em prol da dignidade humana. O desconto dos salários representa dupla violação dos direitos humanos, pois retira do trabalhador o seu ganha-pão e, ao mesmo tempo, afronta o direito ao exercício constitucional da greve.
Tentamos apresentar a proposta da reunião com o MPT na assembleia, para apreciação de toda a categoria, objetivando uma ação coletiva respaldada pelos trabalhadores e o exercício da democracia, mas infelizmente não nos foi dada esta oportunidade, mesmo assim convidamos a direção do sindicato para comparecer à reunião.
Chamamos todos os servidores públicos para comparecerem nesta sexta-feira, 29 de maio, às 9h00 na sede do MPT, situada na rua Sargaços, 135, Jardim do Mar - São Bernardo do Campo (atrás da Faculdade de Direito), em demonstração de apoio à nossa luta. Nesta reunião iremos ressaltar a necessidade de que o prefeito reconsidere sua decisão de desconto do salário e da garantia da negociação considerando a totalidade da pauta da campanha salarial, ignorada pelo prefeito.
Aumento real do salário, reposição da inflação, melhoria nas condições de trabalho, custeio dos gastos com transporte e auxílio alimentação condizente com a subsistência dos trabalhadores e garantia de um plano de saúde decente são necessidades básicas das quais não podemos abrir mão em troca de abonos e reposições irrisórias, ainda mais quando o governo apresenta uma proposta excludente e sem garantia do pagamento e reposição dos dias parados.
NENHUM TRABALHADOR FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!!!

Greve dos servidores públicos de SBC: Recuar? Nem pra dar impulso!

Chegamos ao 16º dia de uma greve histórica em São Bernardo do Campo, cidade conhecida como o berço do sindicalismo no Brasil; que viu nascer o Partido dos Trabalhadores - partido que durante anos foi referência das esquerdas no Brasil -; que abrigou Lula - uma das maiores lideranças sindicalistas do país, que veio a se eleger e reeleger presidente do país e sua sucessora por dois mandatos consecutivos - todos eles pelo PT -; que teve entre os ministros do trabalho de Lula também o ex-sindicalista Luis Marinho, que por sua vez se elegeu e reelegeu prefeito de São Bernardo do Campo... 

Por ironia, farsa e tragédia, é nesta cidade, sob o governo do PT de Luis Marinho, que os trabalhadores públicos em greve estão sofrendo uma pressão assediosa para que deixem de fazer greve: boatos plantados por agentes de cargos de confiança do governo; bloqueio do acesso ao hollerih, que deveria estar disponível desde o dia 20; ameaças de corte de ponto e de atribuição de faltas; informações distorcidas... Tudo isso faz parte de um plano cruel e antitrabalhador para desestabilizar o movimento e impor uma derrota por meio do medo.

É preciso que a direção do sindicato determine que a assessoria jurídica  adote medidas preventivas imediatamente, tanto no sentido de apurar e fazer cessar as inúmeras ameaças e assédios que são cotidianamente relatadas por servidores públicos, quanto no sentido de garantir que não haja desconto algum, porque a greve é um direito legal, e qualquer forma de ameaça e punição configura descumprimento desse direito. 

Apurar e efetivar as ações jurídicas e políticas para fazer cessar os assédios, perseguições e ameaças é fundamental para dar maior segurança e transmitir maior confiança aos trabalhadores que, apesar de tudo, seguem unidos e assim continuarão seguindo nesta luta.

O governo quer impor uma derrota aos servidores. O medo, a implantação de boatos, a restrição ao acesso à folha de pagamento e a proliferação de informações distorcidas estão entre suas estratégias mais cruéis. 

Se a ameaça de corte de ponto se concretizar, o PT de São Bernardo do Campo e seu prefeito entrarão para  história como aqueles que colocaram o último punhado de areia sobre a história do Partido dos Trabalhadores como partido do campo das esquerdas, que luta pelos direitos dos trabalhadores e pelo fortalecimento das organizações populares e sindicais. Não temos dúvida que reverteremos eventuais descontos na justiça, já o Partido dos Trabalhadores de SBC jamais conseguirá se reerguer politicamente.

Ao manter sua postura intransigente, o prefeito reeleito pelo PT, que é apadrinhado político de Lula, alinha-se a todo espectro político que um dia disse que combatia: alinha-se à política do PSDB dos governadores tucanos Beto Richa do Paraná, e Geraldo Alckmin de São Paulo - que representam na política nacional o que há de mais retrógrado, ultrapassado e maléfico para a população e para a classe trabalhadora.

Colocar seu nome e do já maculado Partido dos Trabalhadores na mesma lista dos refugos da história e dos traidores da classe trabalhadora é de uma atitude absurdamente grotesca. Para quem foi sindicalista por anos, a insistência em fazer guerra contra os trabalhadores demonstra apenas que o prefeito não aprendeu nada com suas experiências, a não ser assimilar a prática e o discurso do patronato - demonstra, com isso, que há tempos saiu do lado do oprimido e passou para  lado do opressor.

Atender as reivindicações dos servidores públicos seria uma vitória não apenas para os trabalhadores, mas politicamente seria uma vitória do próprio governo que aproximaria as bases que há anos afastou. 

No entanto, a julgar pelas estratégias usadas desde quando assumiu o governo, o prefeito continua apostando na divisão dos trabalhadores. Por isso, os servidores públicos precisam afirmar ainda mais a unidade e manter ao nível máximo a sua capacidade de reflexão crítica. 

Se os boatos que circulam se concretizarem enquanto constraproposta do governo, o PT de São Bernardo estará simplesmente propondo aos servidores públicos que, depois de 16 dias de greve, abram mão de absolutamente todos os itens de nossa pauta de reivindicações, inclusive da reposição da inflação e do aumento real!!! Isto seria uma derrota política, mas sobretudo econômica contra os trabalhadores, pois sem reposição da inflação e sem aumento real nossos salários perderão ainda mais drasticamente o poder aquisitivo, e acumularemos perdas do ano passado, deste ano e de parte do próximo ano

Precisamos ficar alertas, pois aumento real e reposição incidem sobre décimo terceiro, licença prêmio, ferias e senhoridade, potencializando nossos ganhos salariais. Abonos não! 

Além disso, não podemos esquecer os demais itens da pauta da campanha salarial. Os servidores públicos não podem continuar pagando para trabalhar, e continuar trabalhando em condições precárias, sem estrutura e equipamentos adequados - situações estas que estão levando os servidores a abandonarem o serviço público de SBC, e - os que permanecem - adoecerem cada vez mais sem ter a possibilidade de um atendimento médico decente, pois o nosso IMASF está falindo e os servidores associados à Greenline coninuam igualmente abandonados às traças.

Cair no canto da sereia governamental é uma demonstração de que o funcionalismo público não aprendeu nada com essa greve, nem com a experiência que os servidores da educação tiveram na luta pelo estatuto da educação.

Não podemos ceder às chantagens! Foco nas pautas da campanha salarial! Não estamos exigindo nada além do básico para garantir condições de vida e de trabalho e que possibilitem melhorias na qualidade do serviço público.

Em 2013, quando o governo dizia que não tinha orçamento para investir nos salários dos servidores - e deu 0% de aumento, ou seja, não deu aumento!!! -, algumas semanas depois aumentou os salários de prefeito, vice-prefeito, secretariado e vereadores em 64,8%!!! 

Por isso, não podemos adotar o falso discurso do governo, que diz por aí que não tem dinheiro para pagar o funcionalismo. Dinheiro tem de sobra! Um orçamento de 5 bilhões e os gastos com folha de pagamento estão bem longe de se aproximar do limite permitido por lei (estamos em torno de 36%, e os gastos podem chegar a aproximadamente 51%)!!!

Se precisar cortar gastos, que o governo diminua do salário e auxílios e verbas de gabinetes etc e tal do prefeito, vice-prefeito, secretariado e cargos comissionados. Aliás, que diminua a quantidade de cargos comissionados! Assim, vai sobrar dinheiro até para oferecer uma merenda completa às crianças, jovens e adultos matriculados nas escolas públicas deste município.

VAMOS À ASSEMBLEIA HOJE, 28/05, ÀS 18H PARA DIZER AO GOVERNO MARINHO QUE OS SERVIDORES PÚBLICOS DE SÃO BERNARDO CONTINUAM FIRMES, FORTES E UNIDOS NA LUTA.

NÃO ACEITAREMOS DISCUTIR NENHUMA PROPOSTA SEM A GARANTIA DO PAGAMENTO DOS DIAS PARADOS! 

NÃO ACEITAREMOS NENHUMA PROPOSTA QUE DIVIDA A CATEGORIA!

NÃO ENTRAMOS NESSA GREVE COM UMA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PARA SAIR DELA SEM NENHUM PONTO SER ATENDIDO!

NENHUM TRABALHADOR FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!!! 

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!!!






quarta-feira, 27 de maio de 2015

Amanhã vai ser outro dia...


Entre uma ameaça aqui, outra acolá... de corte de ponto, de falta injustificada (ambos ilegais, segundo a Lei 7783/89) e outras formas não menos assediosas que nós servidores públicos de São Bernardo estamos sendo submetidos ao exercermos nosso direito constitucional de greve, o movimento vai ganhando força a cada dia que passa. Mais que isso: ganha maiores proporções e multiplica as adesões a cada ameaça que o governo faz contra os trabalhadores. 


Rumo ao local em que o prefeito estava reunido com empresários, na "calda" da passeata, a quantidade de servidores públicos presentes neste dia 26 de maio de 2015 era tão imensa que o caminhão de som parecia uma formiguinha à frente de um grande formigueiro constituído não por submissas formiga operárias, mas por incansáveis e persistentes formigas guerreiras. 

Em frente ao local do evento, representantes dos servidores públicos cobraram do prefeito que apresente uma contraproposta decente, digna, que contemple a todos os servidores e que possibilite melhores condições de vida, de salário, de trabalho e que, por consequência, estimulem a melhoria da qualidade do serviço público à população sãobernardense,

Além das falas reiterando a pauta da campanha salarial, denunciando as precárias condições de trabalho dos servidores e de atendimento à população usuária dos serviços públicos, os servidores que se revezaram no uso dos microfones reforçaram a disposição da categoria em não parar a greve enquanto não houver uma proposta que contemple a todos os trabalhadores e que garanta o pagamento e a reposição dos dias parados, afinal, estamos em greve motivados pela intransigência e falta de sensibilidade do governo Marinho.

"Recuar - repetiram-se várias vezes hoje - nem se for para pegar impulso!". 



Ao descer a Avenida Lucas Nogueira Garcez rumo ao paço municipal, do alto do caminhão de som mal dava para ver o final da passeata. E a determinação e perserverança dos servidores continuou sendo compensada com as palmas coletivas de comerciantes e população em geral que saem às janelas, sacadas e portas batendo palmas e gritando palavras de incentivos aos trabalhadores públicos!

Não somos meia dúzia de gatos pingados como menosprezou o prefeito. Somos milhares que, num movimento crescente, estão saindo às ruas não apenas lutando por reposição de inflação, aumento salarial real e outras pautas fundamentais, mas acima de tudo estão saindo às ruas porque não abrimos mão de nossa DIGNIDADE, muito embora o prefeito ex-sindicalista tente a todo custo nos tirar ao insistir em uma contraproposta degradante e desrespeitosa.

Parece que o prefeito, ex-sindicalista, prefere enterrar de vez seu passado e entrar para a história política como o pior prefeito na história não apenas de SBC, mas de todo o ABCDMRRGS. Foi o único que não fechou negociação com os trabalhadores públicos e que se recusa a garantir a reposição da inflação do ano passado e possibilitar que os servidores públicos tenham melhores condições de trabalho, alimentação e transporte. É por isso que continuamos em greve e gritamos em alto e bom som:

TRABALHADOR PARADO! MARINHO É O CULPADO!!!






Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Lá lá lá lá laiá



quinta-feira, 21 de maio de 2015

A greve continua!

A GREVE CONTINUA!!! MARINHO A CULPA É SUA!


Passaram-se quase três meses de nossa data-base e o governo Marinho continua se recusando a apresentar sua contraproposta para iniciar as negociações da campanha salarial. Mesmo após a ampla e crescente greve, que em seu oitavo dia levou às ruas cerca de 8 mil servidores, o apadrinhado político de Lula condicionou a apresentação de uma proposta ao fim da greve que ele diz não existir, do mesmo modo que o governo Alckmin não reconhece a greve dos professores do Estado. O ex-sindicalista, que tem um dos maiores salários do Brasil, parece não entender que os servidores públicos estão em greve justamente porque ele NÃO APRESENTOU NENHUMA CONTRAPROPOSTA. Dissemos um grande NÃO a essa jogada indecente e votamos pela CONTINUIDADE DA GREVE. Não há nenhuma confiança nesse governo, que desde o primeiro mandato não cumpre o que fala. Estamos dando um basta no descaso com que esse governo trata o serviço público e seus trabalhadores.
Só se escuta que não há dinheiro; que de fato tem sido tirado do serviço público, mas segue sendo repassado para as empresas terceirizadas e os altos salários do prefeito, secretários, vereadores e comissionados. Ou seja, só não tem dinheiro para o reajuste dos servidores e para a manutenção dos serviços em condições dignas para o atendimento à população.


COM LUTA, COM GARRA, O AUMENTO SAI NA MARRA

A greve enfrentou sua primeira batalha: se eles pensaram em pressionar para enfraquecer a mobilização, respondemos com a resistência na luta. Mas ainda temos a guerra para vencer. Para isso é fundamental que sigamos unidos e fortalecidos. Nesse sentido, é necessário:
·       Abertura dos microfones para que os trabalhadores façam suas propostas para que sejam apreciadas, com defesas a favor e contra, e votadas pelo conjunto da categoria;
·       Intensificar as ações de convencimento para conquistas de novas adesões;
·       Tornar públicos os comunicados que oficializaram a greve junto à DRT e governo para que cessem de vez dúvidas em relação à legalidade da greve;
·       Presença diária da assessoria jurídica nas mobilizações, assegurando respaldo à categoria;
·       Convocação de assembleia com no mínimo 1 hora de antecedência para que todos possam se organizar para votar. Assembleia permanente não significa ser instantânea, é necessário que haja um tempo mínimo para que todos possam participar.


NENHUMA PROPOSTA QUE DIVIDA A CATEGORIA E QUE NÃO GARANTA O PAGAMENTO DOS DIAS PARADOS!

NENHUM TRABALHADOR FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!

domingo, 17 de maio de 2015

STF já decidiu: corte de ponto durante greve é ilegal

Por Mauro Sala, professor de Campinas
Extraído de: http://www.palavraoperaria.org/STF-ja-decidiu-corte-de-ponto-durante-greve-e-ilegal
*
O Governador Alckmin ameaça os professores em greve com o corte de ponto. Esse desconto é ilegal. E não nos fará curvar.
A greve dos professores da rede estadual de educação de São Paulo vem, desde o seu primeiro dia, sofrendo diversos ataques do governador Alckmin (PSDB). Ele já disse que nossa greve não passa de uma novela e tenta deslegitimar a APEOESP como interlocutora e representante do professorado em greve. Além do assédio midiático, o governador também aponta para a substituição dos professores grevistas e para o desconto salarial dos dias parados. Tal medida consiste numa ilegalidade por parte do governo do Estado que atenta contra o direito legítimo e constitucional de greve.
Antes de tudo, devemos dizer que a greve se iniciou pelo fato de o governo do PSDB não ter cumprido com sua obrigação Constitucional de nos conferir a revisão anual de nossos salários e de apresentar uma proposta de diálogo e negociação. Essa revisão anual dos salários não é algo facultativo para o Governo-empregador: é a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 37, X, que diz que ao servidor público é “assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índice”. Nossa data-base para essa revisão é 1o de março.
Assim, o governo se coloca na ilegalidade quando não revisa o nosso salário apresentando um ZERO de reajuste.
Mas além disso, agora ele quer nos negar o direito de greve mediante várias formas de coerção. Na falta de uma legislação específica que trate o direito de greve dos funcionários públicos, a justiça tem aplicado a Lei no 7.783, de 28 de junho de 1989, também para julgar casos referente às greves no funcionalismo. No seu artigo 6, § 2o, podemos ler que “é vetado às empresas [leia-se governos] adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho”.
O corte do salário certamente é uma forma de constranger os professores a comparecerem ao trabalho, frustando assim o exercício do seu legítimo direito de greve. Legalmente, só poderia haver corte de ponto se nossa greve fosse declarada ilegal.
Já há pareceres e decisões do Supremo Tribunal Federal referente ao assunto:
Em 2012, julgando um Agravo de Instrumento (AI 853275) interposto pela Fundação de Apoio à Escola Técnica, sobre a possibilidade de desconto nos vencimentos dos servidores públicos dos dias não trabalhados em virtude de greve, o relator ministro Dias Tóffoli declarou a “ilegalidade do desconto”, reafirmando a decisão anterior do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Para o TJ-RJ “o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do direito à greve, na medida que retira dos servidores seus meios de subsistência”. O STF reconheceu “repercussão geral” desta decisão, o que significa que a decisão proveniente dessa análise deve ser aplicada pelas instâncias inferiores.(http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=203377).
Em outra decisão do STF, o ministro Luiz Fux suspendeu uma outra decisão do TJ-RJ que autorizou o governo do Estado do Rio de Janeiro a cortar o ponto dos professores estaduais em greve. Para o ministro, a suspensão do salário “desestimula e desencoraja, ainda que de forma oblíqua, a livre manifestação do direito de greve pelos servidores, verdadeira garantia constitucional”.
Segundo a decisão do STF, o corte de ponto dos professores grevistas tem por objetivo “inviabilizar o exercício dessa liberdade básica do cidadão, compelindo os integrantes do movimento a voltarem às suas tarefas”, o que é vedado pelo artigo 6, § 2o da Lei no 7.783 (http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=251000).
Assim, temos nós cumprido todos os ritos necessários para a deflagração da greve, não podemos aceitar esse ataque do governo contra nossa categoria e contra o direito de greve, que é um importante instrumento de luta da classe trabalhadora. Alckmin quer nos assediar e nos furtar do exercício legítimo do nosso direito, nem que para isso tenha que usar de diversas ilegalidades. Não nos curvaremos.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Oposição Unificada dos Servidores Públicos de SBC - Boletim nº04 - Maio de 2015

OPOSIÇÃO UNIFICADA   DOS  SERVIDORES PÚBLICOS   DE   SBC
http://oposicaounificadasbc.blogspot.com.br/                                                         Boletim 04/maio de 2015

A  LUTA  CONTINUA!

Os trabalhadores de SBC têm mostrado cotidianamente a sua força. Do dia da assembleia até hoje o movimento cresceu com um maior número de trabalhadores aderindo à greve. E vai ampliar mais ainda. Os trabalhadores estão sendo contagiados pela solidariedade na luta; todos juntos ocupando as ruas com os mesmos objetivos: ter atendido a sua pauta de reivindicações.
O governo, no entanto, mantém a atitude de desvalorização do serviço público. Ao invés de apresentar uma proposta concreta, segue mandando comunicados vagos, buscando iludir os trabalhadores de que algum dia irá negociar. Todavia, não temos NENHUMA CONFIANÇA NESSE GOVERNO, pois ao longo dos últimos anos ele não efetivou as medidas para uma valorização do funcionalismo.
A situação da nossa campanha salarial é absurda! SBC é um dos maiores orçamentos do país e a única cidade do ABC que não apresenta nenhum índice!

GREVE: CONSTRUÇÃO COLETIVA QUE NÃO TEM DONOS!

Para seguir com um movimento forte é fundamental que se garanta a democracia! É necessário que se garanta o direito de voz e voto de todos. Para que isso aconteça é necessário que os microfones sejam abertos para quem quiser falar, não apena para a direção sindical e o comando. Que todas as propostas que surgirem sejam apresentadas e debatidas com argumentações favoráveis e contrárias a elas e somente depois colocadas em votação. Unidade de ação não pode ser confundida com pensamento único. Promover e respeitar a pluralidade de ideias, valorizar, ouvir e colocar em debate as diferentes propostas é fundamental para garantir a vitória coletiva dos trabalhadores. Uma vez decidido o encaminhamento, é imperativo que todos respeitem as decisões coletivas.
Um movimento grevista em uma categoria do tamanho da nossa não pode ser conduzida por poucos, quanto mais cabeças pensando, melhor! Assim, precisamos ampliar o Comando de Greve, que deve ser aberto a todos que queiram contribuir. Todas as instâncias representativas dos trabalhadores devem ter como princípio garantir o direito de expressão de todos, não devendo nunca coibir ou inibir a participação. Numa perspectiva democrática e de construção coletiva da greve, o Comando de Greve e a direção do sindicato devem ter o papel de propor encaminhamentos e avaliar as ações, organizar a luta, mas a decisão as decisões têm de ser tomadas coletivamente, em assembleias permanentes.

ONDE ESTÁ O DINHEIRO? NINGUÉM SABE, NINGUÉM VIU!

Não é de hoje que as condições de trabalho estão precárias. A política de terceirização do governo Marinho está diretamente ligada ao sucateamento do serviço público. Ano a ano estamos vivendo o descaso com os serviços e os trabalhadores e um grande investimento nas terceirizações. Embora seja um ano de recessão econômica, SBC tem condições objetivas de investir na qualidade dos serviços, inclusive reajustando os salários. O município está longe do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas muito próximo da irresponsabilidade pública, haja visto o corte feito na merenda e agora o descaso com nossas reivindicações. Vamos seguir na luta até que sejamos atendidos.

PROPOMOS QUE A ASSEMBLEIA APRECIE AS SEGUINTES PROPOSTAS:

·       Instalação de ASSEMBLEIA PERMANENTE para que os trabalhadores definam os rumos do movimento a todo instante
·       AMPLIAÇÃO DO COMANDO DE GREVE que deverá ser aberto à participação ampla e irrestrita de todos que se comprometam com a nossa luta.
·       Que a direção do sindicato AVERIGUEAS AS DENÚNCIAS DE ASSÉDIO CONTRA GREVISTAS E TRABALHADORES QUE QUEIRAM ADERIR À GREVE E TOME TODAS AS MEDIDAS CABÍVEIS, inclusive as judiciais.

     O GOVERNO DEVE ATENDER A NOSSA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DA CAMPANHA SALARIAL E RETROAGIR A VALIDADE DA MESMA PARA A NOSSA DATA-BASE, QUE É MARÇO.
     A REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO MAIS O AUMENTO REAL DE 4,5% NEM DE LONGE COMPENSA AS PERDAS SOFRIDAS PELOS SERVIDORES NOS ÚLTIMOS ANOS, MUITO MENOS CHEGA PERTO DE DOS AUMENTOS ABUSIVOS NAS TARIFAS, NAS CONTAS E NOS IMPOSTOS E É MAIS DO QUE PRATICÁVEL PELO MUNICÍPIO.
     SE PRECISA REDUZIR GASTOS, QUE O GOVERNO DIMINUA A QUANTIDADE DE CARGOS COMISSIONADOS E REDUZA OS SALÁRIOS EXORBITANTES DOS COMISSIONADOS, DOS SECRETÁRIOS, VEREADORES E DO PRÓPRIO PREFEITO. DIMINUA OS REPASSES E ISENÇÕES ÀS EMPRESAS PRIVADAS E INVISTA NO SERVIÇO PÚBLICO!
     ALÉM DISSO, O GOVERNO DEVE RESPEITAR O DIREITO DE GREVE DOS TRABALHADORES. CORTAR O PONTO, AMEAÇAR QUE DARÁ FALTAS INJUSTIFICADAS E QUE FARÁ DEMISSÕES, PROIBIR GREVISTAS DE ENTRAREM NAS UNIDADES E DIALOGAREM COM SEUS PARES É UM ATENTADO CONTRA A DEMOCRACIA, CONTRA A LEGISLAÇÃO FEDERAL E CONTRA AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DO TRABALHO. A DIREÇÃO DO SINDICATO DEVE DENUNCIAR IMEDIATAMENTE ESSAS PRÁTICAS ANTISSINDICAIS À OIT E DEMAIS INTITUIÇÕES DA CLASSE TRABALHISTA.
SE ESTAMOS EM GREVE, É POR CONTA DO DESCASO DE MARINHO COM OS SERVIDORES E O SERVIÇO PÚBLICO, POR ISSO NÃO DEVEMOS ACEITAR DESCONTOS DOS DIAS PARADOS NEM MESMO ATRIBUIÇÃO DE FALTAS!
     SEM ISSO, DEVEMOS SEGUIR EM GREVE!
     SÓ NEGOCIAÇÃO NÃO BASTA! QUEREMOS RESULTADOS CONCRETOS!!!

REUNIÃO DA OPOSIÇÃO UNIFICADA:

Sábado, dia 16 às 14h,
Av. Dom Paulo Mariano, 40 Nova Petrópolis SBC
Compareça!



 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Direito de greve: Lei Federal nº 7783/89

Colega servidor público, diante das várias dúvidas e receios em relação à greve do funcionalismo público de SBC, e no intuito de contribuir com os esclarecimentos, segue abaixo uma síntese com breves comentários sobre a Lei Federal nº 7783/89. A íntegra da lei pode ser acessada em:

 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7783.htm


Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
(...)
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.

Estes dois primeiros artigos são tão claros em relação ao direito de greve que, mais explícitos que isso, diríamos que seriam até "pornográficos"!

Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.

 Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:
I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;
II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.

Na tentativa de desmobilizar os trabalhadores, o governo Marinho divulgou comunicados informando que agendou reunião com a direção do sindicato e alegou que continuava (!!!) em processo de negociação e por isso não haveria motivo para a greve, dando a entender que considera a greve abusiva (quem determina se e abusiva ou não é a Justiça do Trabalho, não é o governo), 

Tais alegações seriam engraçadas, se não fossem trágicas! Que raios de negociação é essa em que desde fevereiro o governo sequer apresentou contraproposta?! 

Ora, o acordo coletivo firmado entre sindicato e governo estabelece março como a data-base dos servidores públicos de SBC. Faz pelo menos dois meses que as negociações são reiteradamente frustradas pelo governo e, portanto, o desrespeito do governo Marinho ao acordo coletivo mais do que justifica a greve dos servidores!

Pedimos a gentileza de ler novamente o Parágrafo único do artigo 14. Depois retorne a leitura do nosso texto.

Então, entendeu?

De modo algum é abusiva a greve dos servidores. No caso é obrigação, pois um dos objetivos da greve é exigir o cumprimento do acordo coletivo a respeito das negociações da campanha salarial.
Conheça a pauta de reivindicações em: 

http://www.sindservsbc.org.br/en/noticias/especiais/campanha-salarial-2015/1050-campanha-salarial-2015-pauta-de-reivindicacoes.html)

Se a greve não é abusiva (e só seria considerada ou não abusiva depois de julgada pela Justiça do Trabalho), nenhum trabalhador pode sofrer falta injustificada ou qualquer outro tipo de punição por estar em greve. 

E tornamos a dizer: quem determina a legalidade da greve não é o governo, mas sim a Justiça do Trabalho, 
  
E nós grevistas, quais são as nossas garantias? O artigo 6º dispensa comentários (ele é quase um desenho):

Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:

I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve;
II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento.

§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.
§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.
§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.

Após ler isso, devolvemos as perguntas a tod@s que nos indagaram durante a semana. Legalmente, o trabalhador que aderir à greve pode...

- Sofrer falta injustificada?
- Ser prejudicado em sua evolução funcional?
- Ser demitido por estar em estágio probatório?
- Ser trocado compulsoriamente de local de trabalho?
- Ser substituído de função gratificada por motivo de adesão à greve?
- Perder direitos adquiridos, como PTS e Licença Prêmio?
- Ser coagido e assediado para voltar ao trabalho?
- Ser avaliado negativamente em estágio probatório em decorrência da adesão à greve?
- Ser punido por manifestar-se a favor da greve e por tentar convencer os colegas à aderirem à greve?

Assinale a alternativa que corresponde à resposta das perguntas anteriores:
(X) Não
(   ) Sim

Se você ainda não tem certeza quanto à resposta correta, volte ao artigo 6º. Caso ainda tenha dúvidas, leia esse texto de novo. 

Ao persistirem os sintomas, quer dizer, as dúvidas, não consulte um médico; junte-se à manifestação dos servidores públicos de SBC mais próxima de você e, se der medo, vai com medo mesmo, pois estamos juntos nesta luta. 

Com diz o ditado: quem não pode com a formiga não atiça o formigueiro!

Oposição Unificada
dos Servidores Públicos
de São Bernardo do Campo