terça-feira, 21 de abril de 2015

CAMPANHA SALARIAL E ORGANIZAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

OPOSIÇÃO  UNIFICADA  
DOS  SERVIDORES PÚBLICOS   DE   SBC

Boletim nº 01 /abril de 2015


GOVERNO MARINHO CONTINUA DESVALORIZANDO O FUNCIONALISMO

Desde que assumiu o governo no primeiro mandato Marinho vem desvalorizando o funcionalismo. Nossas perdas salariais se ampliaram apesar de ano a ano haver um aumento no orçamento municipal. Além disso, concursos são cada vez mais escassos e em substituição ao funcionalismo público o governo ampliou as terceirizações dos serviços que tornam mais precárias as condições de trabalho e de salário. Os ataques ao funcionalismo municipal foram enormes: extinção da FUPREM contra a vontade expressa pela categoria em assembleia, não implantação do PCCS que de fato valorize o funcionário, aprovação de um estatuto dos profissionais da educação que é prejudicial aos trabalhadores e à educação e que foi rejeitado em assembleia, não atendimento às reivindicações da GCM, abertura de processo administrativo contra os GCMs que apoiaram os profissionais da educação na luta contra o projeto de estatuto de Marinho, atraso no pagamento das férias de 2015 dos profissionais da educação, falta de condições de trabalho em todos os setores (os materiais de uso no trabalho estão cada vez mais insuficientes, faltam equipamentos de proteção individual e uniformes, vários prédios estão sem manutenção, prédios recém-construídos apresentam problemas estruturais etc).

Não bastasse tudo isso, o governo se recusa a negociar a campanha salarial com os trabalhadores. O custo de vida que está aumentando a cada dia, a inflação, os tarifaços e os ajustes fiscais implementados pelo governo Dilma após as eleições minam o bolso do funcionalismo público e o governo Marinho mais uma vez dá as costas aos trabalhadores.

E O SINDICATO...


SEM REAJUSTE, MAS COM DESCONTOS...

O imposto sindical foi descontado do pagamento em março, mesmo sem haver ao menos reposição da inflação. A direção do sindicato poderia ter postergado o desconto, pois a justificativa para descontar em março era em função do reajuste.
A direção do sindicato é grandemente responsável pelo desprezo com que o governo Marinho trata o funcionalismo público, pois, ao longo dos anos, habituou-se a fazer negociações em nome da categoria fechada a quatro paredes com o governo, além de se omitir nas inúmeras ações divisionistas realizadas pelo governo Marinho nas campanhas salariais e em outras discussões de interesse dos trabalhadores, como por exemplo na imposição do estatuto da educação. Além disso, a direção iniciou a campanha salarial tardiamente – a primeira e única assembleia da campanha salarial foi convocada às vésperas da data-base. Uma direção comprometida com os interesses dos trabalhadores deve iniciar o debate da campanha salarial com todos os trabalhadores antes mesmo da aprovação do orçamento do ano seguinte, ou seja, antes de novembro, protocolizar a pauta de reivindicações antes da aprovação do orçamento para, desde o início do ano, fazer pressão coletiva para garantir uma campanha salarial vitoriosa para os trabalhadores. Todavia a direção somente começou a organizar atos – e sem ampla discussão com a categoria – somente após a data-base; não houve uma assembleia para a categoria se posicionar e votar um calendário de lutas.

Essa situação agrava o descrédito da direção do sindicato junto aos trabalhadores, dificultando ainda mais a organização e a mobilização do funcionalismo. Apesar disso, precisamos e devemos seguir na luta, pois somente desta forma poderemos conseguir que nossas reivindicações sejam atendidas.

COMPARECER AOS ATOS PARA PRESSIONAR O GOVERNO
E EXIGIR QUE O SINDICATO ORGANIZE A LUTA

O processo de burocratização da direção sindical vem se aprofundando nos últimos anos. Além de um atrelamento patronal, a direção cerceia as possibilidades de participação democrática da categoria. Criou comitês de base sem que a base tivesse possibilidade de escolher os representantes de base; esse formato substituiu as comissões setoriais, uma estrutura votada em assembleia e cujos representantes também foram eleitos. Essa ação é um exemplo de uma diretoria que toma decisões de gabinete! Uma diretoria democrática deveria tomar as decisões da campanha salarial em assembleia: a categoria deve definir suas reivindicações e deve também decidir como irá se organizar para tê-las atendidas. No entanto, como dissemos acima, só houve uma assembleia às vésperas do mês da data base que votou a pauta de reivindicações, depois disso, a diretoria vem decidindo sozinha as ações para mobilizar a categoria. Chama a atenção que estejam sendo propostos atos espaçados durante o mês de abril, ou seja, estamos próximos do mês de maio, o mês indicado pelo governo para retomar as negociações. Seria este um calendário combinado entre direção sindical e governo?

Precisamos exigir que a diretoria do sindicato:
  • Convoque uma assembleia para decidir os rumos do movimento;
  • Informe à categoria, tanto em assembleias quanto em boletins, todas as discussões e deliberações da mesa de negociação.

É necessário também que a situação do IMASF seja pautada nas negociações. A direção sindical não pode ser conivente com o mandato biônico da atual diretoria do IMASF e deve reivindicar que haja eleições democráticas no instituto, assim como seja feita uma auditoria para avaliar as contas do nosso convênio. Também é necessário que se incorpore nas negociações a exigência para que o IMASF retome imediatamente todos os serviços descredenciados ou com atendimentos suspensos.

Somente com participação ativa e organizada os trabalhadores são capazes de dar um basta à burocracia e ao autoritarismo da direção sindical e fazer com que o governo Marinho negocie com os trabalhadores, por isso, reforçamos a convocação para os atos dos servidores públicos.

POR DEMOCRACIA, TRANSPARÊNCIA E VALORIZAÇÃO
PARTICIPE DO ATO VESTIDO DE PRETO E MANIFESTE A SUA INDIGNAÇÃO!

DIA 24/04/15, A PARTIR DAS 18H NA PRAÇA SANTA FILOMENA


CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO

     A Oposição Unificada não é contra o sindicato, mas sim contra a burocracia e o autoritarismo da atual direção. Sindicato deve ser instrumento de luta, formação e organização dos trabalhadores.

     Este ano deverão ocorrer eleições sindicais e estamos organizando um grupo para disputar a direção. Para isso, sua participação é fundamental! Filie-se ao Sindserv SBC e participe da Oposição Unificada! Solicite agora mesmo ao Sindserv a ficha de filiação. Orientamos que ao se filiar exija o seu protocolo e leve cópia da ficha de filiação ao RH, pois a filiação só é considerada a partir da cobrança da mensalidade.

PLENÁRIAS DA OPOSIÇÃO UNFICADA

     Vamos juntos transformar o nosso sindicato em um instrumento de organização e de unidade na luta pelos servidores públicos. O sindicato não é do governo, não é da CUT nem de uma direção; é dos trabalhadores! Participe das Plenárias da Oposição, traga as suas propostas, traga os seus amigos porque, juntos, vamos construir um Sindserv classista, democrático, apartidário e independente das centrais sindicais governistas, patronais e pelegas.

Próxima plenária: sábado, 25 de abril, às 15h.
Endereço: rua Dom Pedro Mariano, nº 40 – Nova Petrópolis.

Contato: oposicaounificada.sbc@gmail.com

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