Queremos nos dirigir a vocês de
forma respeitosa e cordial para falar-lhes sobre o pedido de dois de seus
integrantes, Nilton Ferreira e Rita de Cássia Tochetto, de anulação das
eleições que disputamos há alguns dias atrás. Pedido esse que imaginamos que muitos
de vocês não aprovam.
Essa atitude, que acreditamos não
ser de toda a chapa 1, certamente irá desprestigiar o conjunto da chapa 1,
comprometendo a imagem de todos vocês perante a categoria que precisa que suas
instâncias sejam levadas a sério, independente da vontade de seus dirigentes.
Por isso, solicitamos para que o restante da chapa leve aos seus dois colegas
um pedido de bom senso, para que retirem o recurso feito à Comissão Eleitoral.
A vitória da chapa 2 foi
declarada pelo presidente do sindicato e candidato à reeleição, Giovani Chagas,
para todos os jornais da região e no dia da apuração dos votos publicamente ao
microfone e no próprio site da entidade. Acreditamos ser muito importante que
Chagas reafirme que legitima o pleito que ele mesmo conduziu, como honradamente
fez no dia da apuração e no dia seguinte aos jornais da região, garantindo que
a democracia seja respeitada.
Toda a categoria e até mesmo a
população do Grande ABC, através dos jornais, acompanhou nossas diversas
solicitações de bases democráticas, inclusive paridade ou proporcionalidade, na
condução do processo eleitoral, que foram todas negadas mesmo diante das
recomendações do Ministério Público do Trabalho.
É necessário lembrar que a
eleição foi toda controlada pela atual diretoria do sindicato (que
majoritariamente concorreu à reeleição pela chapa 1), na figura do presidente
do Sindserv que, além de candidato à reeleição, acumulou a função de
Coordenador do Processo Eleitoral; a contratação e indicação da Secretaria
Eleitoral e assessorias jurídicas que realizaram as inscrições de chapas e
acompanharam todo o processo eleitoral ocorreu sob resopnabilidade do
presidente do Sindserv; os membros da Comissão Eleitoral com poderes de decisão
são todos indicados pela chapa 1; os presidentes de mesa – que tiveram a função
de garantir a lisura e a fidedignidade no processo de coleta de votos e de
assinaturas dos votantes –, além de um dos mesários mais o presidente da
apuração foram absolutamente todos indicados pela comissão eleitoral indicada
pela chapa 1.
Ressaltamos que todos os presidentes de mesa (além dos mesários indicados
pela chapa 1 e a própria representante da chapa 1 junto à Comissão
Eleitoral, a Sra. Rita de Cássia Tochetto) consignaram em ata que o pleito se
deu na mais completa normalidade, atestando a lisura na coleta dos votos e
assinaturas, tendo sido as listagens conferidas pelos presidentes de mesa e
posteriormente pela Comissão Eleitoral sob supervisão das representantes de
cada chapa, seus respectivos advogados, e os advogados da Comissão Eleitoral e
do Sindserv. Antes da apuração, as listagens foram mais uma vez conferidas sob
acompanhamento público de membros, simpatizantes, escrutinadores e fiscais de
ambas as chapas.
Após a apuração dos votos e lavrada ata de reconhecimento de vitória da
CHAPA 2 – OPOSIÇÃO UNIFICADA (ata esta que rafirmou a lisura do processo
eleitoral), as urnas, os votos e as listagens ficaram sob a guarda da Comissão
Eleitoral indicada pela chapa 1, na sede do Sindserv.
No transcorrer da semana, sob
alegação de que “pairou uma dúvida geral na chapa 1 com o resultado”, o Sr.
Nilton solicitou à Comissão Eleitoral vistas nas listagens, o que ocorreu de
forma unilateral, sem comunicado prévio à CHAPA 2 e sem presença de nossa
representante. Tal procedimento não tem qualquer previsão estatutária, se traduzindo em ato de violação dos documentos do processo eleitoral.
Assim sendo, causa profunda
indignação o recurso e suas alegações, porque tenta desqualificar um processo e
a vontade legítima da maioria dos servidores públicos associados ao sindicato –
enquanto predominava um certo sentimento de vitória a chapa situacionista reconhecia
o processo eleitoral legal, transparente e democrático.
O recurso feito por integrantes
da chapa 1 desqualifica e desrespeita os servidores que participaram do pleito,
demonstrando uma dificuldade em aceitar o resultado das urnas ao justificar que
tinham uma expectativa diferente com relação ao resultado por conta de declarações
de votos manifestadas. Convenhamos: Não podemos confundir nossas expectativas
com a realidade: o voto é secreto e as pessoas têm o direito de votar em quem
quiserem, independente de supostas declarações que fizeram - se fizeram. Podem inclusive
mudar o voto.
ALERTAMOS: ESSE RECURSO INFUNDADO E SUAS ALEGAÇÕES TRATAM-SE DE UM
GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA, AS LIBERDADES SINDICAIS E SOBRETUDO CONTRA OS
SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS.
É uma ação ruim, não para a chapa
2, que certamente fará reverter o descabido recurso.
É ruim para quem o subscreve e
para quem o valida, pois expõe perante todos os servidores uma mentalidade
autoritária de quem faz de uma eleição um vale-tudo para permanecer no poder,
acusando, caluniando e subvertendo a ordem democrática e as regras criadas por
si mesmo.
É ruim para os demais integrantes
e apoiadores da chapa 1, cujos nomes, por conta da ação de dois de seus
membros, são vinculados a uma tentativa grotesca de golpe contra a decisão
democrática da categoria que elegeu a chapa 2.
Os servidores públicos estão
fartos de tantos golpes e atentados contra os interesses coletivos dos
trabalhadores – golpes dados por governos e direções sindicais burocratizadas e
governistas que, quando o resultado não ocorre conforme suas expectativas,
lança mão de ardis tais como acusar seus oponentes daquilo que elas costumam
praticar, e refazer votações tantas vezes quanto for necessário para que seus
interesses particulares sejam atingidos.
Por isso chamamos em especial o
presidente, Chagas, a reafirmar a democracia e legitimar a decisão da maioria
da categoria. Assim também chamamos os outros componentes da chapa 1 e apoiadores a pedirem
bom senso aos seus colegas Cássia e Nilton. Há que se respeitar as instâncias
decisórias da categoria.
Saudações Classistas
Chapa 2 –
Oposição Unificada
Alternativa
Democrática
“Nada Será Como
Antes”
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